2008-07-06

Die zwei blauen Augen

Os dois olhos azuis da minha amada” perdidos para sempre no início da longa e dura viagem. Intensamente reencontrados no luto, à sombra da tília do caminho. No repouso retemperador que proporciona.

«É o luto que desvenda uma dada perda como a perda de alguma coisa que nos preocupa profundamente e de um modo único e como algo que é irrecuperável no seu próprio ser. (…) O luto implica um encontro intensificado com aquilo que é perdido e a nossa relação para com tal coisa, de tal maneira que a sua ausência torna-se um tipo de presença» (Bruce V. Foltz; Habitar a Terra).

Em 1884, o jovem Mahler apaixonado perdera Johanna. Para sempre. É no luto da viagem que a reencontra e se reencontra:

Na estrada há uma tília,
Aí pela primeira vez descansei dormindo!
Debaixo da tília!
As suas flores caíram sobre mim como neve
Não sei como a vida faz.
Então ficou tudo, tudo bem outra vez!
Ah! Tudo bem outra vez
!”

Die zwei blauen Augen
Die zwei blauen Augen von meinem Schatz,
Die haben mich in die weite Welt geschickt.
Da musst ich Abschied nehmen
Vom allerliebsten Platz !
O Augen, blau !
Warum habt ihr mich angeblickt ?
Nun hab ich ewig Leid und Grämen !


Ich bin ausgegangen in stiller Nacht,
In stiller Nacht wohl über die dunke Heide.
Hat mir niemand Ade gesagt,
Ade, ade !
Mein Gesell war Lieb und Liede !


Auf der Straß steht ein Lindenbaum,
Da hab ich zum ersten Mal im Schlaf geruht !
Unter dem Lindenbaum,
Der hat seine Blüten über mich geschneit,
Da wusst ich nicht, wie das Leben tut,
War alles, alles wieder gut !
Alles ! Alles !
Lieb und Leid !
Und Welt und Traum !


Lieder Eines Fahrenden Gesellen - Lied No. 04: Die zwei blauen Augen von meinem Schatz

1 comentário:

Xantipa disse...

Vou fazer uma confissão: não tenho lieder em casa. Só os oiço na Antena 2 e tenho a ideia de que, na generalidade, me aborrecem. Gostei muito deste lied! Obrigada!