2008-02-07

Colhe o dia, porque és ele

Uns, com os olhos postos no passado,
Vêem o que não vêem: outros, fitos
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se.

Por que tão longe ir pôr o que está perto —
A segurança nossa? Este é o dia,
Esta é a hora, este o momento, isto
É quem somos, e é tudo.

Perene flui a interminável hora
Que nos confessa nulos. No mesmo hausto
Em que vivemos, morreremos.
Colhe o dia, porque és ele.
Ricardo Reis

5 comentários:

Paulo disse...

Que bom vê-lo de volta. Óptima "rentrée".

Moura Aveirense disse...

Welcome back à blogosfera :)

Moura Aveirense

Xantipa disse...

Que bom tê-lo de volta!
Carpe diem!
:)

goldluc disse...

Muito obrigado! Talvez tenha sido apenas uma pausa...para retomar o fôlego. Ou talvez o regresso seja a questão. É sempre o que nos falta que força o regresso. E o que nos falta é sempre o melhor.Os nossos amigos.

Anónimo disse...

Pois é Gold..
Mas nós temos tempo. Os amigos têm tempo para esperar... :)

PS - consciente disto ser do ano passado...