
Widor substitui, mais tarde, César Franck, no Conservatoire de Paris, como responsável pelo ensino do instrumento de eleição. Revela aí aos seus discípulos, entre os quais o desafortunado Jehan Alain, a força espantosa da sua arte musical. Com ele aprenderão ainda hoje todos os que quiserem seguir a via da música. Já ouvi esta ideia a grandes músicos de Jazz, por exemplo. Para Widor a ‘improvisação’ não seria uma questão de talento mas uma contínua aprendizagem que exige tanto trabalho como a simples execução.
O compositor francês ficou célebre pelos seus trabalhos para órgão. A minúcia e o rigor são os traços determinantes. Tal como o foram do seu ensino. A obra, no entanto, estende-se por todas as áreas da composição, do piano à voz e até mesmo ao teatro musical.
Também eram célebres no seu tempo os acompanhamentos musicais das missas-recital de Saint-Suplice. Em Paris, estas missas eram procuradas pelas pessoas mais cultas como expressão do bom gosto. Improvisação, bom gosto e coragem deve ter sido a receita para, aos 76 anos de idade, o organista desposar alegremente a jovem Mathilde, 40 anos mais nova que ele.
De Charles-Marie Widor encontra-se muito no Youtube. É recorrente a fabulosa e universalmente célebre Toccata do movimento final da V Sinfonia. A mim também me agrada muito este andante sostenuto da Sinfonia Gótica.:
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