Tudo sereno. As gatas dormem a sono solto. Uma no tampo da mesa (diria que é pouco confortável....mas é sempre surpreendente a lógica dos felinos!), a outra, a preta de olhos dourados, derrama-se como uma nódoa ocasional no conforto da almofada já gasta. Tudo está sereno. Händel faz-se ouvir pela arte de Gardiner. O Messias, o que ( apesar de todos, dos que não acreditam nunca e dos que acreditam sempre....malgré!...) aí está, abre a sessão do sonho. Pedra e pedra e pedrinha. Brotam da diferença e saltam como gatas azuis nos telhados uniformes da tarde brilhante. As palavras. Hesitantes e ágeis. Abre-se o portal e fixam-se as pedras na travessia do ser, semeadas no ritmo atrás das botas torcidas. Um soprano (extraordinário!) abre e mantém aberto o portal por onde brotarão, semi-nuas, estas lajes da travessia, paulatinas e persistentes. Cá vão!!!
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